Estação Ecológica do Jari

A Estação Ecológica (Esec) do Jari é uma  Unidade de Conservação (UC) de proteção integral, criada com o objetivo de manutenção dos recursos hídricos, conservação dos recursos naturais, educação ambiental e pesquisa científica. 

Foi criada pelo Decreto federal nº. 87.092, de 12 de abril de 1982, tendo seus limites alterados pelo Decreto federal nº 89.440, de 13 de março de 1984. A Esec é dividida pelo rio Jari. Aproximadamente 70% de seus 227.126 hectares estão situados no município de Almeirim, no Estado do Pará, e 30% estão no município de Laranjal do Jari, no Estado do Amapá. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) é o órgão gestor. 

Na área localizada no Estado do Amapá, a UC limita-se ao norte, leste e sul com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru; e a oeste com o rio Jari. O acesso à Esec a partir da cidade de Monte Dourado, no Estado do Pará, é via estrada sem pavimentação, por aproximadamente 80 quilômetros.  

Há na unidade um extenso “paredão” com mais de 70 quilômetros de extensão, que em alguns pontos alcança 500 metros de altura. Ele atravessa a Esec desde o rio Jari até o rio Paru e marca o limite norte da bacia sedimentar amazônica. 

A floresta densa de terra firme predomina na UC, que ainda possui florestas de igapó e alguns afloramentos rochosos (vegetação do topo de morro). A fauna está representada por inúmeros mamíferos como a onça-pintada (Panthera onca), gato-maracajá (Leopardus wiedii), suçuarana (Puma concolor), tatu-canastra (Priodontes giganteus), anta (Tapirus terrestris), paca (Agouti paca), cutia (Dasyprocta azarae), macaco-aranha (Ateles paniscus), guariba (Allouatta maconnelli) e macaco-prego (Cebus apella). 

A Esec do Jari está distante dos centros urbanos e não existem comunidades vivendo em seu interior. Apresenta apenas pequenas manchas de áreas alteradas. Sua vizinhança com a RDS do Rio Iratapuru favorece a preservação da área. Além disso, inexistem em suas proximidades fatores que corroboram para pressões antrópicas como assentamentos humanos, áreas de garimpo e rodovias.

A Esec possui estrutura física adequada para receber grupos de pesquisadores e alunos, como alojamentos, laboratórios e trilhas sinalizadas, que informam sobre diferentes espécies de árvores e percorrem paisagens de exuberante beleza cênica

FONTE: Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (SEMA/AP), livro: Áreas Protegidas do Amapá. , com apoio de técnicos do ICMBio/AP, da ONG Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (IEPÉ).

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